Em um momento considerado histórico na COP 28, realizada em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, um grupo de 118 países, incluindo o Brasil, comprometeu-se a triplicar suas capacidades de energias renováveis de 3.400 GW para 11.000 GW até 2030.
Os líderes mundiais que compõem a Presidência da COP 28, a IRENA (Agência Internacional de Energia Renovável) e a GRA (Aliança Global Renovável), divulgaram, nesta segunda-feira (30), um relatório conjunto pressionando os países a aumentarem a capacidade global de energia renovável para pelo menos 11.000 GW até 2030.
Essa meta representa uma das alavancas mais importantes para o avanço da transição energética nesta década. Segundo o documento, apresentado durante a Cúpula Pré-COP 28, realizada em Abu Dhabi, a energia solar e eólica devem responder por cerca de 90% dos acréscimos de capacidade de energia renovável.
O relatório indicou cinco recomendações concretas e urgentes para os formuladores de políticas em cada uma das áreas a seguir:
Infraestrutura e operação do sistema;
Política e regulamentação;
Cadeias de suprimentos, habilidades e capacidades;
Finanças; e
Colaboração internacional.
A taxa anual global de melhoria da intensidade energética precisaria dobrar até 2030 em relação ao nível atual no cenário de 1,5°C da IRENA, ajudando a conter o crescimento do consumo final global de eletricidade sem comprometer o fornecimento de serviços de energia. “Triplicar a implantação da geração de energia renovável e duplicar a eficiência energética estão entre as alavancas mais importantes para reduzir as emissões de gases de efeito estufa. Apelo agora a todos para que se unam, se comprometam com objetivos comuns e tomem medidas nacionais e internacionais abrangentes para tornar nossas ambições uma realidade”, disse Sultan Al Jaber, presidente da COP 28.
Francesco La Camera, diretor-geral da IRENA, acrescentou que a missão é tão clara quanto urgente: “Precisamos de uma ação concertada para triplicar a capacidade de energia renovável. Isto inclui abordar urgentemente as barreiras sistêmicas profundamente enraizadas nas infraestruturas, políticas e capacidades institucionais decorrentes da era dos combustíveis fósseis”. “Estas medidas proporcionarão sistemas elétricos mais limpos, abrirão o acesso à energia a preços acessíveis e proporcionarão empregos verdes e limpos a milhões de pessoas. A rápida expansão das renováveis exigirá que os decisores políticos trabalhem em conjunto com a indústria e a sociedade civil para implementar urgentemente as ações facilitadoras deste relatório – infraestruturas e operação do sistema; política e regulamentação; e cadeias de abastecimento, competências e capacidades”, ressaltou Bruce Douglas, CEO da Global Renewables Alliance.
Sobre o relatório, o texto detalha as deficiências existentes, identifica os principais facilitadores e fornece recomendações importantes sobre os meios para atingir as metas de energia renovável e eficiência energética. Oferece ainda novas informações sobre a perspectiva do setor privado, acrescentando recomendações muito mais concretas em nível de base sobre o incentivo à flexibilidade nos sistemas de energia, acelerando o licenciamento, reforçando as cadeias de suprimentos, o uso da receita de impostos sobre lucros inesperados e mecanismos de precificação de carbono, entre outros.
Brasil Durante a COP 28, o Brasil anunciou mais de R$ 20 bilhões para financiar projetos voltados para o fomento das energias renováveis, bioeconomia e descarbonização da indústria. Ao todo, são cinco editais dentro do programa Mais Inovação Brasil. Os editais lançados pela Finep (Empresa Brasileira de Inovação e Pesquisa) e pelo BNDES (Banco de Desenvolvimento Econômico e Social) foram concebidos em ação conjunta com o MME (Ministério de Minas e Energia) e integrados com as políticas setoriais de transição energética.
O presidente Lula disse durante o discurso que o mundo gasta mais em armas, e que a quantia poderia ser usada no combate à fome e no enfrentamento à mudança do clima. “Quantas toneladas de carbono são emitidas pelos mísseis que cruzam o céu e desabam sobre civis inocentes, sobretudo crianças e mulheres”.
Lula afirmou também que a Amazônia amarga uma das “mais trágicas secas de sua história”. Ele também citou que, no sul, tempestades e ciclones deixam um rastro inédito “de destruição e morte”.
“A ciência e a realidade nos mostram que desta vez a conta chegou antes.”
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